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Mostrando postagens de outubro, 2018

|| natal ||

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sempre achei que por ser míope, desde os 6, sem os óculos postos nunca poderia encontrar: toalha, letra, rumo... qual não foi minha surpresa, quando aos 26, enxerguei ali no meio do campo, na imensidão das 3, aquela árvore branca retorcida. os olhos e o peito se fizeram cheia, contrastando com a paisagem e sua estrada, que de tempos em tempos, vai deixando pelas beiradas casinhas brancas de renascer, com suas cruzes sempre apontando pro céu. digo a mim mesma que a água e a visão recobrada não são ilusão, digo que são tão reais quanto o arco-íris que se forma na fumaça d'água, produzida pelas rodas de um caminhão qualquer que desliza pelo asfalto lá pelas 4, depois da chuva. a dificuldade é que pela costumeira vista embaçada, sempre desconfiei do que via: da sombra, da forma, da intenção. depois do campo, meu passo inconstante, me levou pra bem distante, e lá no rancho da bonita me fez parar por um instante. no horizonte do ranchinho, tinha uma port